Em comemoração ao grande lançamento desse livro maravilhoso no Brasil!
Obrigada Globo Alt!!!)
Categoria: Infantojuvenil
Personagem central da história, a
jovem Sherazade se candidata ao posto de noiva de Khalid Ibn Al-Rashid, o rei
de Khorasan, de 18 anos de idade, considerado um monstro pelos moradores da
cidade por ele governada.
Casando-se todos os dias com uma
mulher diferente, o califa degola as eleitas a cada amanhecer. Depois de uma
fila de garotas assassinadas no castelo, e inúmeras famílias desoladas,
Sherazade perde uma de suas melhores amigas, Shiva, uma das vítimas fatais de
Khalid. Em nome da forte amizade entre ambas, Sherazade planeja uma vingança
para colocar fim às atrocidades do atual reinado.
Noite após noite, Sherazade seduz
o rei, tecendo histórias que encantam e que garantem sua sobrevivência, embora
saiba que cada aurora pode ser a sua última. De maneira inesperada, no entanto,
passa a enxergar outras situações e realidades nas quais vive um rei com um
coração atormentado.
Apaixonada, a heroína da história
entra em conflito ao encarar seu próprio arrebatamento como uma traição
imperdoável à amiga. Apesar de não ter perdido a coragem de fazer justiça, de
tirar a vida de Khalid em honra às mulheres mortas, Sherazade empreende a
missão de desvendar os segredos escondidos nos imensos corredores do palácio de
mármore e pedra e em cenários mágicos em meio ao deserto.
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O que eu faria se esses personagens fossem reais:
- Teria como amiga: Shahrzad
- Levaria para a praça para dar um rolê (e uns beijos): Khalid
- Largaria numa ilha deserta: Jahandar
- Transformaria em um vampiro para vivermos felizes eternamente: Khalid (desculpe-me, Tariq)
5 "Romance épico" Estrelas!
Para quem
não sabe pegou a referência ainda da descrição acima, “A Fúria e a Aurora” é um
reconto de “As Mil e Uma Noites” e foi um dos livros mais falados no universo
dos blogueiros e apaixonados por livro no ano passado.
Eu lembro bem de acompanhar o período
pré-lançamento e ficar ansiosíssima pela publicação daquele livro com a capa
vermelha maravilhosa (chequem a capa original aqui) e com um “blurb” que me deixava com
urticárias de tanta vontade de ler.
Quando finalmente vi aquela belezinha no meu
Kindle... Quase tive uma coisa.
Pois bem, toda a espera valeu MUITO a pena.
Minha reação quando eu acabei o livro resume-se nessa frase: “Cale a boca e me
dê o próximo.”
Nível hard de amor pela autora e seus
personagens.
Agora, brasileiros, vocês terão a grande honra de ler esse conto maravilhoso.
“A Fúria...” conta a história de uma menina que
já te impressiona por sua dedicação às pessoas que ama. Shahrzad está disposta
a sacrificar sua vida, largar o conforto de sua casa e de sua família e
arriscar o “quase namoro” com sua paixão de infância para vingar a morte de sua
melhor amiga. Fala, você bem que queria uma amiga assim, né?
Mas Shahrzad não é nenhuma bobinha. Ela tem um
plano e pretende acabar com o jovem rei que aterroriza a todos com seu costume
nada convencional – casar com uma jovem todos os dias só para mata-la ao
amanhecer. Shahrzad se faz de louca e se oferece como a próxima vítima (flashback
para a novela dos anos 90) do jovem rei, mas de louca nossa protagonista não
tem nada. No português bem claro, Shahrzad enrola o jovem rei, Khalid, contando
para ele uma história sem fim, fazendo com que ele a deixe viva para poder
escutar o resto da história na próxima noite.
Pois bem, enquanto o Khalid, que de bobo também
não tem nada, finge-se de curioso para postergar a morte de Shahrzad, ela
descobre os reais motivos que levaram o jovem rei a matar suas esposas e, nesse
interim, os dois se apaixonam.
Tudo de bom né?
A primeira
coisa que as pessoas irão notar (se a editora fez um bom trabalho) é como Renée
Ahdieh é um dos novos talentos da literatura infanto-juvenil americana. A
mulher é um monstro que escreve frases lindas, apresenta descrições vivas e te
faz suspirar com cada página.
Eu nunca fui fã de descrições com excessivos
detalhes. Não é minha praia. Mas o estilo desta autora é tão vivo que não tive
alternativa senão apreciar a beleza da sua escrita e desse livro em geral. Mas
a maior beleza dessa história está em seus personagens. E no romance épico
(daquele tipo que sentia ao assistir as primeiras três temporadas de The
Vampire Diaries e “shippar” Stelena como se não houvesse amanhã).
(só para não perder o costume)
Um enredo
de romance é essencial para mim. Claro que leio e amo livros sem romance, mas é
sempre mais prazeroso quando tenho a perspectiva de me apaixonar pelo casal
enquanto eles se apaixonam um pelo outro. Eu acredito piamente que uma pessoa
nunca tem “ships” demais, e por isso adicionei Shahrzad e Khalid para minha
lista. Fácil assim. “Shippo” os dois nível Tumblr – que é nível super hard na
minha opinião.
Minha única reclamação sobre esse livro (que
nem é uma reclamação de verdade, mas é somente um sinal de como sou chata
quando me apaixono por casais fictícios) é que queria ainda mais páginas de Shahrzad
e Khalid juntos. Trocaria cenas escritas no ponto de vista de outros
personagens, como as do Tariq (melhor amigo e antiga paixão de Shahrzad) num
piscar de olhos por mais Shalid (será que é esse o nome?)
Não é que não gostasse de Tariq – um personagem de extrema
importância para a trama, não somente pelo que representou para Shahrzad antes
dela se apaixonar por Khalid, mas também pelo que representará futuramente no
enredo.
A realidade é que Tariq não tinha muitas chances de brilhar quando
comparado com a imponência que era a trama de Shahrzad e Khalid. Shahrzad,
principalmente, foi e sempre será a estrela deste show. Como já mencionei,
impossível não amar uma menina que arriscar tudo pela sua melhor amiga, e faz
isso de uma maneira inteligente. Shahrzad não somente tinha um plano como tomou
a precaução de mandar sua família para longe do castelo para que não sofressem
quando ela completasse sua vingança. Esperta demais. Shahrzad praticamente demanda seu amor e você (eu) não
é louco o suficiente de não amá-la. Assim como Khalid, você não resistirá à Shahrzad.
E o que
dizer de Khalid? O coitado estava tão destruído e tinha toda razão para estar
assim. Vem aqui, Khalid, que vou te dar um abraço.
Pobrezinho.
Em alguns momentos eu levantei a sobrancelha para Khalid, tenho que
confessar, mas esses momentos foram raros e não duraram muito. No fim,
respeitei suas decisões e entendi seus motivos, e isso é mais do que posso
esperar.
Outro
personagem que me apaixonei foi o primo de Khalid, Jalal. Vive uma angústia
grande por conta desse personagem, viu? Ficava pensando, gente, vai dar a louca
na Renée e ela vai transformá-lo. Mas não. Renée é esperta. Ela não usou a
técnica “vamos transformar o personagem secundário bonzinho num super vilão” porque...
(sei lá porque os autores fazem isso exceto para me irritar). Renée deixou esse
cliché de lado e OBRIGADA! Vem aqui, amiga, que vou te dar um abraço também.
Olha, depois de ler esse livro lindo, estou
dando abraços em todo mundo.
Basicamente, o que tentei dizer em todas essas
palavras é que eu AMO esse livro de paixão, quero ser amiga da escritora, quero
que os personagens deixem de ser fictícios e espero que você se divirta tanto
com esse maravilhoso lançamento quanto eu.
Leia e distribua seus abraços por aí.
*Se você gostou dessa review (ou não), se leu o livro (ou não), deixe seu comentário abaixo.
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